Jesus te Ama...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Lágrimas de Perdão

Ah...como doem
Rolando pelas pedrinhas de tristeza de minha alma, elas se derramam em cascata
e vão cair lá bem no fundo do poço de meu coração!
Mas elas não trazem, agora, sofrimentos.
Apenas tornam fortes as marcas deixadas há mais tempo...
Tornam úmido e sem brilho o cristalino do espírito...
Mas...
Elas vão cessar.
É remédio certo o perdão.
E eu te perdôo, irmão!
Sei que, em teu peito, o ressentimento andou fazendo morada, e, te fez infeliz.
Que pena!
Ouviste a voz da dúvida e deixaste que ela se manifestasse senhora de tuas atitudes, de tuas ações.
Por causa dela, foram, extremamente duras, tuas palavras, e...
Agora, nada mais resta.
Não mais carinho, não mais afeição.
Não mais discernimento, não mais compreensão.
No exercício pleno de minha dignidade, ousei lutar pela justiça, pela integridade, e feri tua liberdade.
Que pena! Perdoa-me, irmão.
Não era intenção ferir-te, e, sim, unir-me a ti na busca do melhor.
Mas, equivocada, o que fiz foi impedir-te de te mostrares como és.
Quero redimir-me.
Estás livre!
Tuas ações, tuas palavras, teu jeito de agir...
Quero ouvir a voz de Deus e amar-te como a mim mesma,
Devo deixar-te livre...
Como vôo solene da águia, sobe, ao Pai Celeste, o eco do silêncio de minha alma...
A gratuidade de Seu Santo Amor me faz saber renunciar...
Faz-me ver que liberdade plena exige o exercício da maturidade.
E, por isso, deixo-te...
Estou livre para te amar, para te aceitar,
Sem exigências... Sem expectativas retributivas
cmc

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Triste Expectativa

Senhor, meu Deus, que faço eu
Com os dons que me deste há tanto tempo?!...
Que tem sido, meu Deus, a minha vida?!
Que contas te hei de dar dos meus talentos?!

Um dia dediquei-me integralmente,
Prometi ser-te fiel,
Reverente...
Professei a minha fé em ti, Jesus...
E agora, o que faço sem tua luz?!

Pela terra vou passando... Tão vazia...
Sem buscar tua Palavra e direção –
Os meus dias, os meus anos se acabando
...e não tenho, contigo, comunhão...

Que será de mim, meu Deus!? Eu esmoreço...
Tristemente, vejo-me ao fim chegar, Senhor...
Amarrada em mim mesma, desfaleço...
Que será de minha vida, ó meu Senhor?!

Senhor, que eu possa, ainda, agradecida
Ver minha vida renovada em teu amor...
Escuta meu lamento, ó Deus Bendito!
Escuta o meu clamor, ó Salvador!

cmc

Canção de Amor




Uma parada para um sossego
e o desafogo da emoção...

Um gole só... bem devagar...
E a alma, delicadamente, se põe a cantar.

Um pernoitar para o enlevo
do espírito cansado que insiste a vigiar...
ainda que no regaço de um gorjeio,
envolvido,
dele se deixe a fruir.

Roreja-lhe o coração
que anseia por um fluir gostoso, inebriante,
de amadurecida felicidade...

e torna esquivada a ilusão.

cmc

Foges...

foto cmc
Foges nos olhos,
Em brancas alturas,
Em névoas esparsas, feliz a voar...

Foges dos olhos
Da alma, em canduras,
Em tristes lembranças
Que não querem ficar
Paradas,
Perdidas,
Pra sempre escondidas...

E te pões a caminhar
Pelas ruas cintilantes no horizonte,
E te refazes nas suas límpidas fontes,

E te deixas estar.

cmc

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Consequências

16.






Consequências ...



A gente finge dormir
Para não ver a vida passar.
A gente finge não entender
O que não quer explicar.
Fumaça, círculos,
Trilhos,
Fiel rotina de muitos,
Sufocam a cada dia
O pouco que se deveria dar.
Atrasam, em cada um,
A capacidade de amar.
A hora que passa e não volta
A falta que faz a revolta;
O não-poder que oprime e manobra;
O não-receber que deprime e desaprova
Os poucos reflexos ainda latentes,
Ainda existentes no fundo do ser...
A gente finge conformar,
Para não ter que aceitar
Que não é possível lutar
Só pelo prazer de vencer.
E então passa a perceber
Que há razão, também, no sofrer,
Que na dor, também, há porquê.
Sofre, espera, luta e passa
É a cantiga que ultrapassa
Os limites da mente consciente
Os motivos do semidormente.
Passa, espera, luta e sofre
E, ainda que se desdobre,
Há, sempre, um aquém no final da etapa,
Há, sempre, um senão no limiar da escalada...
E eles existem porque faltou
Um passo a mais, lá no inicio,
Um pensar a mais com compromisso,
Um calar a mais, sem ser omisso.
Mas eles não são intransponíveis.
São, até, reconhecíveis.
O que exigem é o despertar,
É o agir, é o não-abandonar.
É a coerência dos instantes,
É o reconhecer confiante,
Sem desvalorizar, sem subjugar,
Num perfeito co-participar,
Num real co-habitar.

cmc

Chantagistas...

15.
chantagistas?

É bom ver que existe gente
Que consegue convencer.
É bom saber que alguns seres humanos
Se fazem obedecer.
Quando não pela palavra dura,
Pelos gestos,
Enternecem pelo não poder!

cmc

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

No Silêncio

       2.50
O Silêncio me fala
Que é hora sagrada –
Que, agora, a toada,
Sincera e marcante,
Dos tiquetaques na madrugada
Significa parar!
Significa reconhecer
Que o descanso
Para o corpo cansado
Tem seu porquê.
É hora dos grilos
Falarem baixinho,
Mas em tal união,
Que seus cantos ecoam na escuridão.
E penetram paredes,
E dizem pra gente
Que o silêncio enternece
Até o vil, o durão;
E cantam suave
O dorme-menina
Fazendo um coral
Com o latido do cão,
Com o coaxar dos sapinhos,
Como que a ninar toda a população.
    cmc
                                                                       
                                                                             


domingo, 14 de outubro de 2007

És outra




Tu

Hoje és outra.
não importa a cor,
a dor,
o lampejo do momento,
o infortúnio,
o sofrimento.

És outra,
ainda que não admitas -
por rancor,
desamor,
ou até esquecimento.

A água cristalina da sensibilidade,
a cada vislumbre, se refaz
e te renova, em mim, a face.


És outra.
A de outrora,
Agora.

cmc


quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Submissão

12.
Submissão


A hora para o lúcido colóquio que postergas
Se faz percebida.

O instante é este – não implica rejeição
ou das dúvidas as veras investidas.


Agora...
ao instante eterno escolheres,

adora no prostrar-te em plena sujeição.

cmc

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Anoitece, meu pai


11.



Anoitece, meu pai

Pelas estradas deste meu país vamos seguindo
Na busca de cumprir nossa missão.
Hoje, nossa alma sabe, e te agradece...
És fiel, não importa a situação!

Teu plano, perfeito, não pode ser frustrado!
Em nós opera tua benfazeja mão.
Sentimos teu poder, teus grandes livramentos,


E mesmo em meio à dor de alguns cruéis momentos
Teu grande amor a nós tu hás manifestado...

Recebe, ó Pai Celeste, a nossa gratidão!

Quão grande és, ó Deus bondoso, ó Deus querido!
Quão suprema é tua compaixão!
Tão pequenos, incapazes, nos sentimos...
Mas, quão maravilhosos teus atos são...

Cantando bem baixinho,
prosseguimos na jornada...
“Mais perto quero estar, meu Deus de ti...”
Não só importa a dor, ou o prazer daqui...
Importa a tua Graça revelada!

Mas... Meu Pai, já anoiteço.
É hora de parar e descansar...
Dormir nos faz tranqüilos, em sossego...
E, amanhã, cedinho, nos permitas continuar,
De tua presença tendo sempre o enlevo...
Até nosso destino encontrar.


cmc

Hora - Vida

10.
Hora – Vida

Não dá para conformar,
Não dá para esperar,
Não dá para agüentar,
Mas dá para improvisar!

O sofrer também distrai –
O morrer também atrai –
É lutar para equilibrar.
É não deixar o lugar.
É não se esquecer de viver!
cmc

Fidelidade

9.
Fiel a ele, ela passa –
Passa a verdade,
Passa a lógica,
Passa o valor,
Passa o que for,
Fiel a ele.
A ele que não a vê
Fielmente.
A ele que a explora
Consciente.
A ele que não respeita
sua lógica
seu valor
sua verdade – ele.
Fiel a ele.
cmc

Súplica da Alma


Perdão, Senhor!

Há certos dias, Senhor, que, em minha caminhada,

Me sinto só - aflita, desamparada...

Não vejo além da minha angústia, do meu temor.

E caio– sem forças... Perdida...

Perdão, Senhor!

No dia a dia acho que sou sábia,

Que sei administrar meus passos...

Qual o caminho a trilhar...

E deixo a soberba enganar-me.

Sem perceber que estou a afastar-me

Do teu plano, da tua vontade, do teu querer—

Estabeleço metas sem sequer a ti orar,

Sem ouvir a tua voz...

E me vejo a naufragar.

Salva-me, Senhor,

Restaura a minha fé.

Me livra de mim mesma,

Me faz te obedecer -

A ti eu tudo devo,

A ti quero louvar,

Minha vida, te peço, recebe em teu altar!


cmc

Compreensão...ou Ofertório.











Não mais a dor...
Não mais ressentimento...
Nem mesmo dúvida a nos constranger!

Existe, agora, em nós, grande alegria!
Prazer constante num sincero compreender.

                                            É bastante o ofertório mútuo.
                                            Suficiente e alentador o conviver.

cmc

Egoísta


E a hora passou.
E ele, tanto tempo esperado,
Não veio.
Não quis compartilhar,
Quis sofrer sozinho.
Não quis participar,
Quis doer partindo.
Quis não comungar,
Para não se dar.
De tanto se fechar,
Já não pode amar,
Já não pode oferecer,
Já só pode mais
Morrer!

cmc

Coração


No leito, imerso,
Se vai a fluir...
Não fala,
Não chora,
Se deixa fruir...

Um dia
Lá na eternidade,
Verá a realidade.
Nada mais vai ruir.

cmc

VEM!

foto de cmc

                 
                  VEM!

Se um dia, ao passares por esta estrada,
quiseres dar uma parada, e coisas d’alma quiseres compartilhar...
Sê bem-vindo...
Não te apresses...
Bebe o vinho do silêncio das palavras,
Come o pão das significações pungentes,
E deixa-te ficar...
Serenamente.
Ao saíres, renovado, deixa teu recado.
Volta logo!
Mas... Ainda que demores longo tempo,
Conectadas, fluindo suavemente,
Como águas mansas de um límpido regato,
Estarão, aqui, as palavras semeadas,
te esperando...

cmc

Hoje...



Hoje...


a hora do sempre

do nada

do quase

do ainda não foi...

do quase será.

Hoje...

a certeza do ontem

a esperança do ainda

e a glória daquilo que se fez esperar.

Hoje...

não mais que uma vida

que a espera vivida

que a lucidez contida

que se faz aguardar...

enjoy, hoje.

Poesia Evangélica

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Blog divulgador de poesias evangélicas