Dói.
Dói. Dói Feio!
Dói por não conseguir
Domar o peito,
Expressar no preito,
Comungar no pleito...
Como dói!
Dói. Não há como compartilhar.
Não há como dividir.
Não há como redistribuir.
O interesse próprio
Mascarado de abnegação
Faz obscuro o rogado,
Não estabelece o combinado,
Suga o já determinado,
Impõe-se. Ego camuflado!
E dói.
Fere a alma
Subjuga a consciência,
Estabelece a demência.
A premência do Ego inflado se expõe...
Como dói!
Interesses mesquinhos,
Falas supérfluas,
Superficiais mesmices,
Como dói!
Amar o mascarado...
-a máscara não cai!
Amar o equivocado
Que com a máscara se distrai...
Como?!
Dói!
Poesia: Cineide M Coelho
Imagem: internet
30.03.2012